Deixa escrever-te, verde mar antigo,
largo oceano, velho deus limoso,
coração sempre lírico, choroso,
e terno visionário, meu amigo.
Das bandas do poente lamentoso
quando o vermelho sol vai ter contigo,
- nada é mais grande, nobre e doloroso
do que tu, vasto e humido jazigo!
António Gomes Leal