Dá-me um abraço
Os instantes superiores da alma
acontecem-lhe na solidão
quando o amigo - e a ocasião terrena
se retiram para muito longe
Emily Dickinson
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Estados de Alma
Manelex
Manuel,
a sua capacidade de falar linguas é incrivel, tenho a certeza que irás ser um excelente relações publicas
Céu e mar
Há tanto azul em mim
mas tanto azul
que durmo céu e acordo mar
Elcio Tuiribeti
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Salgados
apareceu à janela do tempo
que a paisagem do nosso olhar
incendeia num vespertino silencio.
que a paisagem do nosso olhar
incendeia num vespertino silencio.
Carlos Melo Santos
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Estados de Alma
Ensaio caseiro 1
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor,
quando a juventude não é uma lágrima
É primeiro só um rumor de espuma,
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte,
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
de coisas que te dou
para que as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
Eugénio de Andrade
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Retrato
Amanhecer do Ano
Hoje corre-te um rio dos olhos
e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje
"o fim"
e que há certezas, firmes e belas,
que nem os olhos vesgos
podem negar.
Hoje é o dia de amanhã
Fernando Namora
Escolhi esta fotografia porque acho que nela cabe um Ano inteiro
dias luminosos, dias obscuros
enseadas seguras
onde iremos descansar das feridas
quando audaciosos nos lançamos à aventura
em mar aberto que nem sempre resulta.
O tempo,
pachorrento,
prossegue a sua marcha,
indiferente às barreiras que teimamos levantar
na ilusão de o agarrar
dias luminosos, dias obscuros
enseadas seguras
onde iremos descansar das feridas
quando audaciosos nos lançamos à aventura
em mar aberto que nem sempre resulta.
O tempo,
pachorrento,
prossegue a sua marcha,
indiferente às barreiras que teimamos levantar
na ilusão de o agarrar
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Bom Ano
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrifugas
que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrifugas
que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Alvaro de Campos
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Acostumado a Ti
Que tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,
Como em puro cristal, contemplas, retratado,
Teu íntimo sentir, teu intimo ardente
Charles Baudelaire
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A Espera
Na casa que te veste à justa de paredes,
Tenho-te em móveis, nos perfumes, na semente
Dos cuidados que deixas ao partir...
Por isso um pouco de fogo
Bate sanguíneo em meu pulso,
Pois o amor de quem espera
É uma graça a vencer.
Uma casa sem hera
É como gente sem viver
Tenho-te em móveis, nos perfumes, na semente
Dos cuidados que deixas ao partir...
Por isso um pouco de fogo
Bate sanguíneo em meu pulso,
Pois o amor de quem espera
É uma graça a vencer.
Uma casa sem hera
É como gente sem viver
Vitorino Nemésio
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Mar
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
largo oceano, velho deus limoso,
coração sempre lírico, choroso,
e terno visionário, meu amigo.
Das bandas do poente lamentoso
quando o vermelho sol vai ter contigo,
- nada é mais grande, nobre e doloroso
do que tu, vasto e humido jazigo!
António Gomes Leal
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Templários
-Sossego, só sossego-
Isso que autrora era,
Aqui onde, dormindo,
- Sossego, só sossego-
se sente a noite vindo
e nada importaria,
- Sossego, só sossego-
que fosse antes o dia,
aqui, aqui estarei,
- sossego, só sossego-
como no exílio um rei
Fernando Pessoa
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O pato, o Céu e a Lua
e tu, um reflexo vago
de um sol, como o que eu trago
No seio, onde o afago
No seio, onde o aperto?
João de Deus
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Margarida dos olhos doces
será uma constante, boas e más porque assim será crescer.
Serena, não estarás sozinha.
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Retrato
Procurando o mar
e eu seria feliz na minha rua,
neste 1º andar da minha casa
a vêr, de dia, o sol, à noite a lua
calada, quieta, sem um golpe de asa.
Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao pôr do sol
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flôr
Fernanda de Castro
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